Dezembro é o momento de refletirmos sobre as tendências para 2023.
Não nos aventuramos a fazer uma previsão em outras áreas, nem que tivéssemos uma bola de cristal, pois vivemos num contexto multinacional, político e macroeconómico caracterizado por uma “rigidez frágil”, ansioso, não linear e incompreensível, designado por Mundo BANI.
Os últimos anos ensinaram-nos a pôr tudo em perspetiva e a não partir de grandes pressupostos. Colocamos uma série de paradigmas em causa. Estes tempos de mudança, ajudaram a acelerar algumas tendências que já tinham dado “o ar da sua graça”.
A forte escassez de talentos, a gestão operacional pós-pandemia, o Quiet Quitting (mais ou menos evidente), a crescente importância e transversalidade do Employer Branding, trazem todos os dias grandes dores de cabeça aos profissionais de Recursos Humanos, no âmbito da captação, gestão, motivação e retenção de colaboradores.
💡 Partilhamos, então, as 5 tendências sobre as quais acreditamos que estarão virados os holofotes em 2023, em matéria de Recursos Humanos:
1. Digitalização “Humanizada” dos processos de Recursos Humanos
Vamos continuar a assistir ao desenvolvimento da digitalização na área de Recursos Humanos. A tecnologia é, cada vez mais, um facto incontornável nos processos associados à Gestão de Pessoas: gestão de assiduidade, recrutamento assente em meios digitais, entrevistas e testes utilizando plataformas
online, aplicações para a gestão do
engagement, formação e gestão de trabalho híbrido.
You name it!
Em particular na área do recrutamento, as evoluções são tremendas. A inteligência artificial já é, neste setor, uma realidade há algum tempo.
A Multitempo by Jobandtalent diferencia-se precisamente aqui, assumindo-se como um Marketplace Global de emprego, desenvolvido para ligar oportunidades e trabalhadores, com uma forte componente tecnológica, que impacta transversalmente a gestão do negócio. O serviço personalizado que fornece é orientado por dados, com o suporte de equipas especializadas e multidisciplinares, numa
simbiose equilibrada entre a tecnologia e a humanização. Parecendo um contrassenso, existe também
uma tendência para a conjugação entre a tecnologia e o “voltar às bases”, às Pessoas! Acreditamos também, e muito em particular no âmbito do recrutamento, em soluções estratégicas omnicanal, pois nem só de digital vive o Homem!
2. Competências digitais com posição reforçadaA transformação digital, que tem ocorrido de forma transversal em praticamente todos os setores de atividade, tem provocado alterações profundas no mundo do trabalho.
Nos últimos anos, temos assistido a um certo equilíbrio entre a importância das
soft skills e das
hard skills na gestão de Pessoas, sendo que, com as
digital skills, se cria aquilo a que se pode vir a designar como o
"triângulo perfeito da empregabilidade", tendência da qual não escaparemos em 2023.
3. Mudança para uma contratação baseada em competênciasPerante a necessidade de produzir resultados a curto/médio prazo, as organizações optam, preferencialmente, por contratar por
competências apoiadas na experiência, acabando por, às vezes, valorizá-las em detrimento do grau académico, nos critérios de contratação. Esta tendência traz desafios acrescidos na integração dos jovens no mundo do trabalho, que acabam por abraçar oportunidades de aprendizagem e integração através do trabalho temporário, programas de estágios e aprendizagem, que fornecem uma experiência relevante no desenvolvimento das suas competências.
Esta tendência materializa de forma mais “vincada” os já bem conhecidos conceitos de
upskilling e
reskilling, que nos trazem o
mindset de desenvolvimento de competências e aprendizagem ao longo da vida.
4. A procura incessante pela eficiênciaAs constantes mudanças nos objetivos e planeamento estratégico das organizações, leva à procura pela
relevância e competitividade. É, acima de tudo, a lei da sobrevivência e da superação.
Independentemente do mercado e do setor, a procura pela eficiência por parte das organizações colocará, em 2023, um foco ainda maior no
recrutamento e retenção de colaboradores, com base nas capacidades e competências que contribuem diretamente para os resultados da organização.
Por outro lado, acentuar-se-á a tendência de analisar os dados acumulados pelos departamentos de Recursos Humanos, para ser possível uma constante
otimização das equipas e dos seus resultados.
Vejamos a crescente importância do
People Analytics nas organizações, que traz novas ferramentas para analisar conhecimentos, competências e até comportamentos dos colaboradores, para prever cenários e planear ações que permitam a prevenção de riscos, que possam colocar em causa os resultados da organização.
5. O Employee ExperienceA gestão da experiência do colaborador e o seu bem-estar não são preocupações futuras, mas sim do “aqui e agora”. Prova viva é o crescimento da oferta de formação avançada e até executiva sobre a gestão da Felicidade e Bem-Estar Organizacional.
Os colaboradores, estando cada vez mais conscientes das suas competências, desafiam as organizações na definição de estratégias com vista à sua atração,
engagement e retenção, garantindo uma
“harmonia” entre os colaboradores e a cultura, missão e propósito da organização.